Hoje fiz as vezes de cliente ranhosa, educada, mas ranhosa, pois com certeza que fiz.
Andei semanas a mentalizar-me para encetar a leitura de 5 calhamaços cujas fotocópias me custaram 40 e tal euros ("Sr. Autor, Por Favor, Não Olhe Mais Para o Visor. Se esbarrar, Não Faz Mal, Vamos Todos para o Hospital..." - or something); mentalizada que estava então, tchuz!, a primogénita obra estava toda ela ilegível, com as primeiras letras de todas as páginas ímpares comidas! Balde de água fria. É que me apetecia mesmo começar pelo mais fino dos livros, tipo aquecimento para o workout.
Tive que partir para outra. E vai mais água: outro molho com palavras semi nuas e com recibos da biblioteca tamanho post it escarrapachados no meio das páginas. Tipo, como é possível ser-se tão incompetente a tirar cópias? A fotocopiadora é que faz o trabalho todo! Ah, não, não culpemos as máquinas, que elas só trabalham mediante estímulos... Os monges copistas é que era, passavam as coisas a limpo, com letra toda paneleira, sem erros...
Bem, está-se a ver,episódio de fúria do açúcar para acalmar o mau início de tarde. (já vos disse que as broas de mel são dos meus cakes preferidos? Sim, nasci para a mediocridade.)
Depois, andei à procura da garantia de um relógio que precisa de ir para a fábrica de cada vez que se lhe acaba a pilha. Não encontrei. O que hoje gerou novo marranço com a tchoca da loja onde o comprei que repete a mesma desculpa ilógica 10 vezes, ignorando a igual quantidade de diferentes verbalizações da minha parte. Qualquer dia ofereço-lhe uma maquilhagem nova, à p*ta.
Bem, mas tarde manhosa de ontem acabou por dar lugar a um serão da mais inexpectável boa-disposição. Aqui tão perto, nunca tinha ido ao Teatro Oficina do Vila Flor. Vi "That Pretty Pretty, ou a Peça da Violação". E ri-me mais do que no "Terapia para Casais" recém-estreado.
Frase da noite: "Conseguia emagrecer ainda mais se não me viesse tão rápido!"
(Desconfio que se os meus partners de plateia não tivessem lido a sinopse antes de assistir à peça, se teriam mijado muito nas calças. A dita cuja frisava a violência, o estupro, a agressão doméstica, mas eu teria enfatizado mais a cena do humor negro... Ter-se-iam mijado, dizia ei, naquelas calças justinhas, por dentro de botas de pelinho, a ver-se as meias verdes, a combinar com a franja irreverente que faz pendant com os piercings e o look preto total. Lembrem-me moufar o cabelo e de ir vestida com a minha roupa dos anos 80 quando lá voltar, porque vou voltar.)
Ainda fui ao S.Mamede tomar um chá. Hipnotizada pelo mui alto tom de voz de um falante de português vernáculo, dei por mim à cata das câmaras dos apanhados, mas depois lembrei-me que Guimarães é, desde sempre, fértil em cromos:
- 2012? O caralho! Isto não acaba já. (...)
- Diz que sim...
- Fooodasssse! E tu acreditas-te?! Mas tamém te digo: o meu sobrinho ainda vai passar fome. [os 2 interlocutores tinham 16 e 20 anos, aproximadamente. Ambos calçavam ténis brancos da Nike com amortecedores]
Anda este povo a tirar cursos pa quê? Pa tchapar massa? Fooodasse... Tou contra!
Mas o meu sobrinho inda vai passar fome, olha pó que eu te digo! (...)
Os filhos da puta dos estados unidos não descansaram enquanto num puseram lá este no governo. Nós havíamos de fazer o mesmo. Sabes que este país já mandou no mundo inteiro? Olha para estes filhos da puta agora, fooodassse...
[não consegui ouvir mais porque estava a abafar o roncar do meu riso para não levar nas trombas, que o gajo das ideias fortes era todo ele alto e mal encarado]
Andei semanas a mentalizar-me para encetar a leitura de 5 calhamaços cujas fotocópias me custaram 40 e tal euros ("Sr. Autor, Por Favor, Não Olhe Mais Para o Visor. Se esbarrar, Não Faz Mal, Vamos Todos para o Hospital..." - or something); mentalizada que estava então, tchuz!, a primogénita obra estava toda ela ilegível, com as primeiras letras de todas as páginas ímpares comidas! Balde de água fria. É que me apetecia mesmo começar pelo mais fino dos livros, tipo aquecimento para o workout.
Tive que partir para outra. E vai mais água: outro molho com palavras semi nuas e com recibos da biblioteca tamanho post it escarrapachados no meio das páginas. Tipo, como é possível ser-se tão incompetente a tirar cópias? A fotocopiadora é que faz o trabalho todo! Ah, não, não culpemos as máquinas, que elas só trabalham mediante estímulos... Os monges copistas é que era, passavam as coisas a limpo, com letra toda paneleira, sem erros...
Bem, está-se a ver,episódio de fúria do açúcar para acalmar o mau início de tarde. (já vos disse que as broas de mel são dos meus cakes preferidos? Sim, nasci para a mediocridade.)
Depois, andei à procura da garantia de um relógio que precisa de ir para a fábrica de cada vez que se lhe acaba a pilha. Não encontrei. O que hoje gerou novo marranço com a tchoca da loja onde o comprei que repete a mesma desculpa ilógica 10 vezes, ignorando a igual quantidade de diferentes verbalizações da minha parte. Qualquer dia ofereço-lhe uma maquilhagem nova, à p*ta.
Bem, mas tarde manhosa de ontem acabou por dar lugar a um serão da mais inexpectável boa-disposição. Aqui tão perto, nunca tinha ido ao Teatro Oficina do Vila Flor. Vi "That Pretty Pretty, ou a Peça da Violação". E ri-me mais do que no "Terapia para Casais" recém-estreado.
Frase da noite: "Conseguia emagrecer ainda mais se não me viesse tão rápido!"
(Desconfio que se os meus partners de plateia não tivessem lido a sinopse antes de assistir à peça, se teriam mijado muito nas calças. A dita cuja frisava a violência, o estupro, a agressão doméstica, mas eu teria enfatizado mais a cena do humor negro... Ter-se-iam mijado, dizia ei, naquelas calças justinhas, por dentro de botas de pelinho, a ver-se as meias verdes, a combinar com a franja irreverente que faz pendant com os piercings e o look preto total. Lembrem-me moufar o cabelo e de ir vestida com a minha roupa dos anos 80 quando lá voltar, porque vou voltar.)
Ainda fui ao S.Mamede tomar um chá. Hipnotizada pelo mui alto tom de voz de um falante de português vernáculo, dei por mim à cata das câmaras dos apanhados, mas depois lembrei-me que Guimarães é, desde sempre, fértil em cromos:
- 2012? O caralho! Isto não acaba já. (...)
- Diz que sim...
- Fooodasssse! E tu acreditas-te?! Mas tamém te digo: o meu sobrinho ainda vai passar fome. [os 2 interlocutores tinham 16 e 20 anos, aproximadamente. Ambos calçavam ténis brancos da Nike com amortecedores]
Anda este povo a tirar cursos pa quê? Pa tchapar massa? Fooodasse... Tou contra!
Mas o meu sobrinho inda vai passar fome, olha pó que eu te digo! (...)
Os filhos da puta dos estados unidos não descansaram enquanto num puseram lá este no governo. Nós havíamos de fazer o mesmo. Sabes que este país já mandou no mundo inteiro? Olha para estes filhos da puta agora, fooodassse...
[não consegui ouvir mais porque estava a abafar o roncar do meu riso para não levar nas trombas, que o gajo das ideias fortes era todo ele alto e mal encarado]
7 comentários:
Ele há cada bronco, e olha que não é só em Guimarães, aqui mesmo ao pé do meu trabalho, há ali uma tasca muito ranhosa (e estou a ser si,pática na descrição) que tem lá cada um, que até assusta, lolol...
Beijocas
eu tb ADORO broas de mel (mas como só assim uma de 5 em 5 anos :D) e sou lá eu mediocre? (se calhar até sou, mas n será pela broinha).
Mas ultimamente tb tenho sido mt mal atendida em lojas e afins e ando irritada com a falta de civismo, a incompetência, o chico-espertismo, a falta de respeito que grassa.. e esta merda tende a agravar pq parece atrelada a esta "paz podre" que o país vive. já evito ler jornais, ver telejornais, como dá-me vontade de vomitar... e nós, povon, que somos uns mongas inertes e não saímos à rua para partir esta merda toda?
viva os ranhosos, k nos dão pretextos para cascar! lol
Viva lolol
Digamos que Guimarães está bem fornecida de cromos,eheheh... mas não batem records...!
:)
olhe k na sei... ;)
Guimarães fez parte da minha juventude mas, admito-o, há espécimenes capaz de surpreende o Darwin! Devem ser as influências da Galiza... O Afonso Henriques é que se deve rir disto tudo, afinal parece que não nasceu lá... Ele é mais do tipo "Xou de Bizeu..."
Bro
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