O ex-bolo que não o chegou a ser

Este fim-de-semana fiz um bolo bipolar (esta é a designação menos ofensiva que encontrei para os meus bolos e molotoffs que se apresentam todos empertigados no fim do tempo de cozedura, mas que encetam um jogo de flatulência alegórica mal viro costas, expirando o ar dos seus pulmões até ficarem disfóricos, rasteirinhos, enrugados).

Sim, o bolo de iogurte ficou assim: 1º todo pretensioso saindo bordas fora da forma de metal e depois, disfórico, vencido, derrotado. Então, foi para as galinhas, foi? Qual quê. Esta casa segue uma filosofia muito arreigada, a de que deitar fora é pecado. E assim, um bolo que veio ao mundo cerca das 4 h da tarde de Domingo, viu chegada a sua hora límbica às 10 h de 2ª.

[Somos só 3 e não esteve ningém em casa durante a tarde dominical e à noite, costuma-se dormir na cama e ningém é sonâmbulo e temos portões e 2 cadelas a dar alarme, ok, uma é surda, e portas trancadas e não recebemos visitas, não sr.]

* Contra o maior dos mitos rurais, não, não estava periódica

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O aspecto deisnflado do bolo podia sugerir que não agradava ao paladar, mas para voar num bufo é claro que estava bom.

Apesar de última fatia, muiiiito anoréctica, ter andado a reinar durante dia e meio (dei-lhe agorinha o golpe de misericórdia) - deve ser cargo de consciência dos comedores: ai e tal, andei a lambuzar-me desenfreadamente, agora vou deixar esta fatiita pó triste que aqui chegar primeiro... Esta família é um "must"...