Hoje é o meu D.E.I., Dia de Envelhecimento Individual. Em rigor, é um processo colectivo, porque isto de "amadurecer" toca a todos, meus amigos. Conjuga-se em todas as pessoas: Eu amadureço, tu amadureces, ... Por isso, escusam de se porem para aí "ah, coitada, coisa e tal, deve estar deprimida...". (É claro que estou.)
É que já foi um balde de água fria terem que utilizar o sufixo "-ona" para se referirem à minha faixa etária; agora, a seguir ao 30, ainda se lhe segue o "e...". Glup.
Há uns anos atrás, ficava toda excitada com este dia, mas de há 2 ou 3 para cá, é um dia que me incomoda um pouco. Bem, o D.E.I. há-de ser sempre um dia de reflexão, né? Acontece que se me ponho a pensar naquilo que há 10 anos achava que ia ter actualmente, acresce mais uma dose de frustração...
Uma casita à minha maneira, decorada toda xpto, um emprego na zona de residência, um rebento a chagar-me adoravelmente o juízo, um passaporte carregadinho de carimbos, conseguir caber num 34, essas coisas do costume.
Pois, mas fazer um balanço das conquistas materiais nunca é boa ideia nestes dias. Até porque tendemos a esquecer as coisas positivas, né? E o que há 10 anos atrás desejávamos para nós até já nem faz sentido, porque "MUD´Ice Tea"...
Então, pensemos no nosso percurso de desenvolvimento pessoal. Neste campo sinto que dei uns certos passos. E de entre muitos dos baby steps que dei, partilho aqui 1 ou 2.
"Arrepende-te do que fizeste e não do que não fizeste" - já ouço isto desde adolescente, mas ainda não o tinha tomado como lição.
Outro é que nós somos o ponto de partida da nossa vida; em última instância, a felicidade deve vir de dentro para fora. O que os outros nos proporcionam só poderá ser maximizado se estivermos em equilíbrio. O que quer dizer que a 1ª pessoa a quem devo agradar sou eu. (Parece egoísmo, narcisismo, mas resume-se tudo àquele slogan do iogurte ou quê - "Se eu não gostar de mim, quem gostará?")
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2 comentários:
Quando a minha irmã casou eu tinha 11 anos.
Passei o casamento inteiro a dizer que só faltavam 9 anos para eu casar (porque a minha irmã tinha 20 anos quando casou). No dia em que fiz 20 anos pensei no ridículo que seria casar-me nesse dia, com essa idade...
Assim as outras coisas que fui querendo ao longo da vida também foram perdendo a validade, como o leite e os iogurtes.
E no meu processo de envelhecimento, o que fui aprendendo, foi a olhar para dentro de mim e a ver o que quero e a não querer o que os outros querem para mim. A valorizar as pessoas boas que tenho na minha vida e a fazer para que continuem na minha vida.
Hoje sei exactamente o que quero. Estou em equilíbrio com quem sou e com quem quero ser. Estou a caminho do futuro. Não digo que entretanto não me apeteça ir ver as vistas de um outro caminho, mas... :)
Kiss (e PARABÉNS!)
Querida Isabel mts parabens
kiss
Paula
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