24 maio 2011

de como falhei uma boa acção

Quase chegada ao meu bólide no parque de estacionamento dum shopping vimaranense, prendo-me na observação de uma sra.condutora, língua de fora, pescocinho esticado enterrado no banco, procedendo a medições milimétricas para estacionar o seu próprio veículo.
Estava-se mesmo a ver que a brecagem não iria fazer milagres naquela situação em particular, mas a sra.condutora prosseguiu homérica tarefa de estacionar à primeira o enviesado utilitário num lugar duplo para camiões TIR.
Resultado: prrrrec. Valente riscadelas no seu painel frontal esquerdo e outras mais modestas no imóvel e isento de culpas vizinho.
Com a minha abalável fé no ser humano, enfiei-me no meu kit, esperando contudo que aquela senhora de ar tão imaculado (franja esticadinha, óculinho dourado) fizesse a sua parte, i.e., acusar-se da sua falta de cuidados, deixando um pequeno bilhete no carro hostilizado - como tive a honra de ver amigos meus fazer em tempos idos.
Qual quê? Siga para a frente, que atrás vem gente. Aquele lugarzito não fora feito para ela, toca de arranjar outro.
Incrédula, já não fui a tempo de a chibar, anotando matrícula e oferecendo-a ao pára-brisas do próximo fucked up cittizen.
Acho que fiquei mais chateada do que a demolidora betinha...

2 comentários:

Paulo disse...

Infelizmente, já fui vítima de uma situação dessas. Cheguei ao meu carro e tinha a porta amolgada e nenhum papelinho...

Isandes disse...

é lixado. por acaso, eu própria já me vi nos 2 papéis, sempre com honestidade de lado a lado...