05 maio 2009

prolongamento de prazer

Toda a alma que me conheça sabe que sou tola por doçaria, em especial bolachas, bolos e doces de colher (pois, já sei, não fica muito de fora...).

Um dia destes, vinha eu numa daquelas viagens interrrmmmminnnnááááááááááveeeeiiiiiis, e vinha a pensar "dasse, que estupidez, este pastel de nata tem x calorias e derreti-o em 20 segundos. E agora? Viagem de expresso só de ida da boca para as ancas!".

Pois, é que dá-se 2 ou 3 dentadinhas ao dito cujo na boca, mastiga-se delicadamente, prensa-se o suco que dele resulta entre a língua e o palato e nisto, foste do verbo fôr! A única forma que detenho para esticar este fugaz prazer é fazendo um scanner à minha boquinha em busca de um restinho de massa folhada que tenha ficado entre o 2º canino do 1º andar e o outro da dentição que na me lembra agora o nome. Ou isso ou, como se faz no reino animal, regurgitar a experiência de deglutição para fazer ressuscitar um petit peu do cardápio (só que isto faz mal à barriguinha, apesar de ser muito higiénico e uma prática muito elegante).

E pus-me a pensar no meu contributo, caso eu fosse uma cientista brilhante. Depois de erradicar a fome no mundo, salvar os animais fofos do perigo de extinção e descobrir a cura para todas as doenças crónicas, dedicaria os tempos livres dos meus neurónios à invenção de uma espécie de pastilha de prolongamento do prazer. Antes de ingerir o alimento y, tomávamos esta pastilha, que permitiria que o sabor permanecesse mais tempo na boca.

(E não me venham com a treta do cérebro é que manda, que eu já tentei autohipnotizar-me para deixar de ser obcecada por açúcar e não fui lá das pernas; tive que mamar o doce na mesma...)

É assim, teoricamente, não havendo (muito) bolo alimentar, não engordamos, certo? Ouro sobre azul...

6 comentários:

Ianita disse...

Bem... tu só salvavas os animais fofos? Pronto... os pandas estão safos e os tubarões e afins? :)

Se tivéssemos prazer sempre, todos os dias, 24/7... não lhe daríamos valor. E as casas de doces iam à falência... porque o que é suposto é que, depois de um, comas outro :) ou que pelo menos fiques a pensar neles...

Kisses

Jorge Rita disse...

Comer (doce, que já dizem os ansiãos nunca amargou) é puro prazer. Tão bom como algumas (poucas) outras pikenas acções. Ora o prolongamento desse prazer seria sempre formula miracolosa e euromilhões pela certa. Assim nao havendo pastilhaprolongaprazer o melhor é em vez de um mamar dois!
O encadeamento de ideias está delicioso! Acho até que as calorias queimadas na elaboração de tão reboscada ideia fizeram o pastel ser de facto efemero (não deve ter acumulado na anca)
:)

Isandes disse...

Ó Ianita, esta ideia não era pa desconstruir... tamos no reino do faz de conta; não apeles à minha consciência ecológica nem ao meu sentido cívico de contribuinte, tá? ;)

Jorge: olhe k sim, olhe k sim... bj

Paulo disse...

Não havendo pastilha milagrosa de prolongamento de prazer (seria uma espécie de variação de um famoso comprimido azul?), não há melhor que a repetição do prazer!

Anónimo disse...

LOL Tu és mesmo tota, não és mocinha!:P

Gosto! E gosto tanto que há miminho para ti lá no estaminé!;)

Beijinho*

Bruno Marques disse...

Gostei desta explicação. Parece-me bem. Mas a parte que mais gostei (lá estou eu com a mania das palvras e das frases preferidas) foi esta: "...dá-se 2 ou 3 dentadinhas ao dito cujo na boca"...

Esta é a prova de que retirar algo do contexto pode ser muito traiçoeiro...