19 setembro 2012

Tendo eu ascendente em gémeos,


é mazómenos natural que me dê para fazer cousas diferentes. E sendo balança, de coração enooooooooooooorme portanto (piu!), não sei dizer que não.
Vai daí, a minha amiga A. pediu-me para ir servir águas numa boda.
Lá vou eu, vestidinho preto low profile, sandaloca non water proof (e como choviam gatos e cães, carago!) para a porta da igreja de Corvite, para abrilhantar o casamento do Sebastien e da Priscillia, muito farfalhuda, não desfazendo.
Deparei-me com o que já não julgava ser a inevitabilidade dos casamentos cuja maioria dos presentes são emigrantes: crianças vestidas à adultos, machos vestidos de linho branco da cabeça aos pés e ladies com penteados tão rebuscados, que imagino as respetivas cabeleireiras a colocar uma plaquinha no estaminé com um "Não volto tão cedo", logo depois da hercúlea tarefa.
Ora, o padre, esse, que é bom de pé (dança clássicas que se farta!), não é lá muito bom de língua - pelo menos a française. Pôs-se para lá a dizêre quélques môts en français macarronique, cujos convidados filmaram de todos os ângulos possíveis com os seus i-coisos três chèrs.
Quanto às águas, vim de Paris de la France três petite e então para explicar o que eram águas com gás, lá me desenrasquei à boa maneira tuga: "C´est de l´eau avec des petites boules qui fait des petites "brrrr" à la bouche." [Devem ter entendido, porque escolheram invariavelmente o sabor framboesa...]
Depois, houve balões e confetis dos chineses e suponho que o belo do arroz. E prontos, servidas as águas com bolinhas, vim-me embora, imbuída de um espírito de missão, completamente ignorada pelos convidados conterrâneos que devem ter pensado "esta prof burra velha a servir bebidas num casamento? coitada..." FY


Sem comentários: