03 abril 2012

- Tenho medo, - confidenciou - ... .
Fazes bem, apeteceu-lhe responder. Em vez disso, murmurou-lhe um afago, que intencionalmente estendeu das maçãs do rosto à nuca. Puxou-a para si, pagando-se da longa espera com um beijo pegajoso.
Mãos ao longo do trémulo corpo, deixou-se despir inocentemente. Adivinhou o que viria a ver ser uma ereção quando ele a contornou, sem nunca lhe largar a cintura frágil.
- ! ... - , mas ele interrompeu-a, tirando-lhe em definitivo a roupa que ainda a cobria.
Haviam de deitar-se colados como as duas faces de uma mesma folha outonal. Haviam de sorrir, colidir, mentir, latir: explodir. (E ela guardou aquela data e hora dentro de si.)



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