12 fevereiro 2012

das páginas e redes sociais e coisos virtuais no geral


(xi, que já não me lembrava de escrevinhar uma crónica...)

Mas já urgia pronunciar-me sobre isto, caramba. Eu assumo sem pejo a minha infonabicice, mas há que dizer que de há uns anos para cá que a minha vida como que mudou. [Plim!]

Estava eu exilada no Alentejo, a descobrir belas localidades termais, quando me juntei à trupe do hi5 (matei-o esta semana, logo depois de resgatar as fotos emblemáticas e de rever alguns dos cromos que colei naquela caderneta). Quase de seguida, corria o ano da graça de 2008, não sei já bem como, botei à luz esta coisa - que muito fez por mim, naqueles infindáveis finais de tarde e repetidas noites descaraterizadas. Que eu sempre gostei de escrever, já toda a minha gente o sabia. Faltava-me a parte da publicação, de que todos os vaidosos não abdicam. E então um blog era uma solução maneirinha. Comecei por mantê-lo resguardado, mas a minha presunção falou mais alto: não tinha leitores, naturalmente. E assim comecei a publicitá-lo, junto do meu povo. Claro que agora não escrevo metade do que me apetece, mas também não vou gerar outro rebento para poder fazê-lo - determinadas coisas ficarão inevitavelmente num qualquer papel ou nos quatro cantos da minha cabeça (sim, diz que é pró quadrada).

Mas os blogs mais modestos não haveriam de vingar com o advento do Facebook e de outros similares. E agora é engraçado. Está-se a ler qualquer coisa online e sempre à procura do ícone do polegar em riste... Também já se diz "lol", "like" e "comment" nas conversas tradicionais com pessoas reais ao teu lado, em espaços tridimensionais. Depois, há o os grupos, as publicações estandardizadas de canções e dizeres, e o zapping em rede: salta-se da nossa página para o perfil deste e daquele e, do mesmo modo, há que dar vazão às notificações e ser minimamente socialmente correto, retribuindo as atenções concedidas. Que se banalizaram as "amizades", também se sabe. E acontecem coisas caricatas, como passar pelas pessoas na rua e ter sensações de déja vu.

E quando há um certo interesse bilateral com um dos nossos amigos? Aí, é a competição pela medalha de ouro para ver quem demora mais a responder à última mensagem - esta demora dá pontos e mostra quem é o elemento alfa da hipotética relação que há-de vir.

Que são merdices altamente viciantes, já se sabe. Mas olha, também já estou agarrada.
No way back. Like?

1 comentário:

Anónimo disse...

Like! E bué da bem escrito! Lol