05 dezembro 2010

o ponto final

Não sei lidar com a morte.
A G., amizade distanciada pelo tempo e circunstâncias várias, foi um murro no estômago. Agora, com as devidas diferenças, a minha doce e surda e estrábica e coxa dálmata está em sofrimento com problemas cardíacos, que, mesmo medicada e com mantas e aquecedor, a impedem desde ontem de se segurar; apresenta uma temperatura corporal digna de um pinguim e não come, algo muuuuiiiito estranho nela.
A última experiência dolorosa ocorreu na minha adolescência, cujas vicissitudes da idade felizmente anestesiaram a perda. Não estou mesmo nada preparada e sei que não vou estar nunca. Não há energia, deus ou anjinho que me valha; dizer adeus é do pior e ponto final

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